Saturday, May 30, 2009
Friday, May 29, 2009
Das incompatibilidades amorosas
Ouvido por acaso em Lisboa, na passada 4ª feira. Alguém tentava explicar a uma amiga porque é que uma relação não estava a correr como desejado:
"ela é muito primavera-verão, enquanto eu sou mais outono-inverno"
Wednesday, May 27, 2009
Mais inspirações nos clássicos
...“The Kiss by the Hôtel de Ville”, Robert Doisneau, Paris, 1950
........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Poster do filme "Singles - Vida de Solteiro", Cameron Crowe, 1992
A propósito, só há muito pouco tempo me apercebi que o beijo do lado direito foi tão obviamente inspirado no do lado esquerdo. E isso fez-me recordar este filme, essa jóia esquecida do início dos anos 90, com um Cameron Crowe inspirado, pré-colaborações com Tom Cruise, aproveitando os melhores ensinamentos do cinema de John Hughes e assinando, na minha modestíssima opinião, uma das magnum opus do cinema sobre a juventude, sobretudo na problemática da transição da juventude para a idade adulta (é pá, já pareço um político a escrever), com as suas graças e desgraças, realizadas com um equilíbrio e sensibilidade tocantes. Há muitas razões para este filme me ter marcado tanto naquela época. Uma delas foi ter-me apaixonado por uma das actrizes principais do filme. Ai, a adolescência...
Thursday, May 21, 2009
Saturday, May 09, 2009
Friday, May 01, 2009
O cão de Pavlov
Hoje vi o presidente da CM Lisboa num debate na televisão a fazer aquilo que os maus políticos (que no PS são quase todos) fazem: tentam limpar a imagem do seu partido, não querendo saber se o que dizem é verdadeiro ou falso, o que interessa é que a imagem fique imaculada aos olhos dos outros, por isso não se pode beliscar essa "pureza".
Lembrei-me dos reflexos de Pavlov, quando o cãozinho reagia após tocarem o sino ("reflexos condicionados", dizia). Portanto: se alguém diz algo menos simpático relativo à imagem das cores que defendo, tenho de reagir de imediato, como alguém que tenta apagar um mini-incêndio que tenha acabado de se deflagrar. Não para esclarecer se o que se disse é verdade ou falso, mas para que a tal imagem não fique beliscada.
O mais triste (e é por isso que que me apetece escrever sobre isto) é que parece que é disso mesmo que o povo gosta. A pequena burguesia que é parte significante deste país e que decide as eleições, e que a esquerda julga ser a sua base de apoio natural, é ela mesma que alimenta não só o capitalismo (que em si nada tem de mal), mas também pede discursos medíocres e populistas em vez de raciocínio, bom-senso e riqueza de espírito.
Os políticos que temos são feitos à imagem do povo que temos. Se Sócrates e os governantes são assim é por pragmatismo e não por ideologia. Se o povo gostasse de outro tipo de pessoas, não teríamos outro tipo de políticos no poder mas sim os mesmos a comportarem-se de maneira diferente. É uma pescadinha-de-rabo-na-boca.
Pegando nisto e no não poderem beliscar, pôr em causa o que somos, temos uma sociedade muito acriançada e muito pouco desenvolvida. As pessoas, em média, só querem ter conhecimentos técnicos que lhes permitam ter um emprego que lhes permita ter um estilo de vida tendencialmente materialista e consumista. Vivem embriagados nessa filosofia. O resto não interessa, não lhes diz respeito. Não têm um mínimo de cultura, seja em que àrea for. E não querem passar das aparências.
É disto que que não vejo os políticos e a comunicação social (esta também merece muitos puxões de orelhas) falar. E por isso temos a sociedade que temos. E os políticos que temos. Se eu fosse realizador de cinema ou escritor, era este o tipo de material que escolheria para as minhas obras (porque também as novelas e o nosso cinema andam distraídos com outras coisas ou com abordagens fracas, repisando clichés atrás de clichés), para além do amor.
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