Passei quase uma hora a pesquisar no Google quem é que algumas das estrelas de Hollywood estão a namorar no momento... a Natalie Portman, a Evan Rachel Wood, a rapariga do (vem ai um refluxo gástrico) "Crepúsculo" (chama-se Kristen Stewart e descobri que é amiga da erva).
Quando é que eu me tornei numa americana de 17 anos? Ou (pior?), num americano de 15?
Socorro, ajuda, preciso.
Thursday, April 30, 2009
Monday, April 27, 2009
Sunday, April 26, 2009
Deslizando
Tuesday, April 21, 2009
Wednesday, April 15, 2009
Quando os Monty Python puseram os filósofos a reflectir sobre o sentido da vida num campo de futebol
Quem diria que Sócrates (o outro, o mais antigo) era tão temível goleador!!
.
Não sou de vanglórias nem de falsas modéstias. Dito isto, e reflectindo bem, é um milagre ter chegado onde estou no tempo sem ter ficado pelo menos um pouco psicótico. Não, a lucidez é minha amiga e não se vai embora. É importante, é uma boa ajuda. Mas não resolve nada. E as pressões e tensões e conflitos não são só memórias difícieis e distantes do passado. São demónios persistentes. Daqueles que acorrentam, com vigor e temosia.
Mente lúcida + demónios = justaposição complexa, muito difícil de equilibrar. Como ter de andar todo o tempo com um copo com líquido até ao limite na mão, sempre com cuidado extremo para não entornar. Porque se entorna, é um alívio no princípio, mas depois volta a encher e a ficar ainda um bocadinho mais cheio. Até os malabaristas mais experimentados tremeriam de respeito perante tão complicado e estúpido desafio.
Porque quando os que deveriam servir de nosso suporte emocional são a causa para ele não não estar lá, o tapete sai debaixo dos pés e deixa-nos o resto da vida à procura dele, porque o coração e a mente informam-nos que só assim é possível avançar. Sinto ser uma tarefa impossível, tão complicada como descobrir o Santo Graal, a Atlântida ou as Misteriosas Cidades do Ouro, quando só quero ter um chão firme onde possa pôr-me de pé, em segurança.
Não sendo assim, pode-se ter potencial e talento de um lado mas as forças que estão do outro deixam-lhes encalhados. Presos num corpo e mente que não os pode puxar para fora deles. Ficam guardadinhos, o seu peso intensificando a dor. Mais valia ser uma pessoa banal, talvez, porque assim o sofrimento era outro, também ele mais corriqueiro e assim menos custoso.
E a lucidez pode não querer ficar para sempre. Pode fartar-se, porque a paciência é santa mas não gosta que a indolência se perpetue. As estatísticas dizem que quem passa uma vida assim pode criar falhas comprometedoras em partes demasiado importantes do nosso cérebro. E, depois de uma vida difícil, no final é que começa a doer. Não quero esse triste fim.
Mente lúcida + demónios = justaposição complexa, muito difícil de equilibrar. Como ter de andar todo o tempo com um copo com líquido até ao limite na mão, sempre com cuidado extremo para não entornar. Porque se entorna, é um alívio no princípio, mas depois volta a encher e a ficar ainda um bocadinho mais cheio. Até os malabaristas mais experimentados tremeriam de respeito perante tão complicado e estúpido desafio.
Porque quando os que deveriam servir de nosso suporte emocional são a causa para ele não não estar lá, o tapete sai debaixo dos pés e deixa-nos o resto da vida à procura dele, porque o coração e a mente informam-nos que só assim é possível avançar. Sinto ser uma tarefa impossível, tão complicada como descobrir o Santo Graal, a Atlântida ou as Misteriosas Cidades do Ouro, quando só quero ter um chão firme onde possa pôr-me de pé, em segurança.
Não sendo assim, pode-se ter potencial e talento de um lado mas as forças que estão do outro deixam-lhes encalhados. Presos num corpo e mente que não os pode puxar para fora deles. Ficam guardadinhos, o seu peso intensificando a dor. Mais valia ser uma pessoa banal, talvez, porque assim o sofrimento era outro, também ele mais corriqueiro e assim menos custoso.
E a lucidez pode não querer ficar para sempre. Pode fartar-se, porque a paciência é santa mas não gosta que a indolência se perpetue. As estatísticas dizem que quem passa uma vida assim pode criar falhas comprometedoras em partes demasiado importantes do nosso cérebro. E, depois de uma vida difícil, no final é que começa a doer. Não quero esse triste fim.
Uma imagem bela
"Os grandes homens não podem fazer-se por encomenda por qualquer método de ensino por mais perfeito que seja.
O máximo que podemos esperar fazer é ensinar todo o indivíduo a atingir todas as suas potencialidades e tornar-se completamente ele próprio. Mas o eu de um indivíduo será o eu de Shakespeare, o eu de outro será o eu de Flecknoe. Os sistemas de educação prevalecentes não só falham em tornar Flecknoes em Shakespeares (nenhum método de educação fará isso alguma vez); falham em fazer dos Flecknoes o melhor. A Flecknoe não é dada sequer uma oportunidade para se tornar ele próprio. Congenitamente um sub-homem, ele está condenado pela educação a passar a sua vida como um sub-sub-homem."
Aldous Huxley, in "Sobre a Democracia e Outros Estudos"
Tuesday, April 14, 2009
Sunday, April 12, 2009
Thursday, April 09, 2009
Fotografia gémea
"V–J day in Times Square", Alfred Eisenstaedt, 1945.............................."Kissing the War Goodbye", Victor Jorgensen, 1945
Dúvida
Porque que é que confundem o meu abatimento/depressão tantas vezes e tão erradamente com antipatia?
Wednesday, April 08, 2009
"Computer says No..."
Em homenagem à "simpática" senhora que me atendeu no Governo Civil da minha cidade:
Little Britain USA, 2008
Tuesday, April 07, 2009
"Normalmente, a ausência de dor é apenas a condição física necessária para que o indivíduo sinta o mundo; somente quando o corpo não está irritado, e devido à irritação voltado para dentro de si mesmo, podem os sentidos do corpo funcionar normalmente e receber o que lhes é oferecido. A ausência de dor geralmente só é «sentida» no breve intervalo entre a dor e a não-dor; mas a sensação que corresponde ao conceito de felicidade do sensualista é a libertação da dor, e não a sua ausência."
in "A Condição Humana", Hannah Arendt, 1958
Sunday, April 05, 2009
Febre de Sábado a começar a seguir ao almoço
Chegar muito tarde e mal-disposto e trombalhudo ao sítio onde tenho de estar.
Pensar "vou? não vou? vou? não vou? vou?" ao filme de hoje (ontem) da festa do cinema italiano durante horas (a tarde quase toda), para lá me decidir a ir, mesmo que isso signifique ficar quase 2 horas antes do filme começar sem fazer nada e chegar a casa bem de madrugada. E jantar porcarias.
Passar a tarde a evitar conversar, porque não estou com vontade e não quero sentir o meu cérebro explodir.
Chegar ao cinema, ir buscar uns quantos postais e ler umas críticas que estão colocadas à porta das salas e ter de levar com 2 italianos a olharem para mim como se estivesse a invadir um qualquer espaço só deles. Se ainda não arrumaram tudo como queriam, não se preocupem que não vos incomodo. Ou se quiserem ficar mais à vontade, aconselho-vos a não estarem num local público.
Chegar à bilheteira e descobrir que os bilhetes esgotaram à 1 da tarde. E ficar logo sem vontade de ir ao cinema, ver filmes italianos ou raios que os partam, durante semanas ou meses.
Aproveitar a vantagem de ter, agora, de ficar 1 hora e meia à espera do próximo transporte para casa e ver se, finalmente, vou comprar uns ténis ou uns sapatos ou qualquer coisa que enfie no pé sem ficar com os dedos à mostra que não tenham buracos ou não estejam muito gastos. Dou a volta habitual. Como é possível que num centro comercial inteiro não haja nada de que goste? Foda-se.
Depois vou à Bertrand e à feira do livro usado fingir que estou interessado em comprar alguma coisa e esquecer-me que desde o início do ano só li 2 livros e uns contos.
E é verdade, o meu cartão Lisboa Viva a não querer funcionar, sobretudo quando tenho muitas pessoas atrás de mim. Mas não fico stressado, não tenho feitio para isso. Fico sim ainda mais apático. Mais uma camada.
Finalmente, chegar a casa e continuar inundado de tédio. Comer mais qualquer coisa e passar o resto da noite na net.
Isto é o mais próximo que tive de animação, ultimamente.
Isto é pobre.
Isto é um desperdício.
Pensar "vou? não vou? vou? não vou? vou?" ao filme de hoje (ontem) da festa do cinema italiano durante horas (a tarde quase toda), para lá me decidir a ir, mesmo que isso signifique ficar quase 2 horas antes do filme começar sem fazer nada e chegar a casa bem de madrugada. E jantar porcarias.
Passar a tarde a evitar conversar, porque não estou com vontade e não quero sentir o meu cérebro explodir.
Chegar ao cinema, ir buscar uns quantos postais e ler umas críticas que estão colocadas à porta das salas e ter de levar com 2 italianos a olharem para mim como se estivesse a invadir um qualquer espaço só deles. Se ainda não arrumaram tudo como queriam, não se preocupem que não vos incomodo. Ou se quiserem ficar mais à vontade, aconselho-vos a não estarem num local público.
Chegar à bilheteira e descobrir que os bilhetes esgotaram à 1 da tarde. E ficar logo sem vontade de ir ao cinema, ver filmes italianos ou raios que os partam, durante semanas ou meses.
Aproveitar a vantagem de ter, agora, de ficar 1 hora e meia à espera do próximo transporte para casa e ver se, finalmente, vou comprar uns ténis ou uns sapatos ou qualquer coisa que enfie no pé sem ficar com os dedos à mostra que não tenham buracos ou não estejam muito gastos. Dou a volta habitual. Como é possível que num centro comercial inteiro não haja nada de que goste? Foda-se.
Depois vou à Bertrand e à feira do livro usado fingir que estou interessado em comprar alguma coisa e esquecer-me que desde o início do ano só li 2 livros e uns contos.
E é verdade, o meu cartão Lisboa Viva a não querer funcionar, sobretudo quando tenho muitas pessoas atrás de mim. Mas não fico stressado, não tenho feitio para isso. Fico sim ainda mais apático. Mais uma camada.
Finalmente, chegar a casa e continuar inundado de tédio. Comer mais qualquer coisa e passar o resto da noite na net.
Isto é o mais próximo que tive de animação, ultimamente.
Isto é pobre.
Isto é um desperdício.
Friday, April 03, 2009
Sobre o poder, a condição feminina (e a dos desprotegidos, em geral) e a liberdade,
tudo isto em pouco mais de 2 minutos de humor doloroso:
in "Extras - Christmas Special", 2007
Les femmes sont-elles magiques?
Thursday, April 02, 2009
A lucidez,
quando não tem companhia, transforma-se num fardo. E desvia-nos para a exaustão.
Exaustão por lucidez - uma nova condição?
Exaustão por lucidez - uma nova condição?
Wednesday, April 01, 2009
A Prisão Dourada
"Tenta fazer esta experiência, construindo um palácio. Equipa-o com mármore, quadros, ouro, pássaros do paraíso, jardins suspensos, todo o tipo de coisas... e entra lá para dentro. Bem, pode ser que nunca mais desejasses sair daí. Talvez, de facto, nunca mais saisses de lá. Está lá tudo! 'Estou muito bem aqui sozinho!'. Mas, de repente - uma ninharia! O teu castelo é rodeado por muros, e é-te dito: 'Tudo isto é teu! Desfruta-o! Apenas não podes sair daqui!'. Então, acredita-me, nesse mesmo instante quererás deixar esse teu paraíso e pular por cima do muro. Mais! Todo esse luxo, toda essa plenitude, aumentará o teu sofrimento. Sentir-te-ás insultado como resultado de todo esse luxo... Sim, apenas uma coisa te falta... um pouco de liberdade."
Fiodor Dostoievski, in "O Movimento de Liberação"
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