Tuesday, May 10, 2011

Friday, December 03, 2010

Ir ver um filme a uma sala de um grande centro comercial é uma experiência. As pessoas entram como se fossem ver um jogo de futebol a um estádio , com copos de plástico de pepsi e pipocas do tamanho de um bébé, outros falam o tempo todo, a senhora ao meu lado até levou um lanchinho para comer a meio... e o barulho incessante do mastigar as pipocas, num filme com muitos silêncios, é digno de um bom pesadelo. Edgar A. Poe ou Stephen King certamente inspirar-se-iam se estivessem na audiência de uma destas sessões. A mim é que só por muita distracção apanham noutra.

Thursday, December 02, 2010

“Your own feeling tells you that you were not what you are,” she returned. “I am. That which promised happiness when we were one in heart, is fraught with misery now that we are two. How often and how keenly I have thought of this, I will not say. It is enough that I have thought of it,
...and can release you.”
in "A Christmas Carol", Charles Dickens

Friday, November 12, 2010

Há momentos, mais ou menos longos, em que vivemos uma espécie de suspensão dentro de nós. Parece que continuamos a viver a mesma vida mas num universo paralelo, num mundo surreal, onde aparentemente nada mudou, a mente está acordada e sabe-o, mas continuamente se questiona: será que estou a viver um sonho (ou um pesadelo)?
Porque algo mudou dentro de nós, algo que captámos e que só a nós nos afecta e aflige. Queremos expulsar a sensação e retornar ao que a vida era, mas não dá. Vamos à procura do que perdemos, não o encontramos. O mundo continua lá mas mudou de lugar.

Monday, October 04, 2010

Não tenho uma rede social à minha volta, e a responsabilidade é toda minha. Posso não ter a culpa, mas tenho a responsabilidade. E sem uma estrutura social não dá para fazer nada. Ninguém faz nada. Só gostava de dispor de algumas ferramentas sociais e de um pinguinho de energia para pelo menos mudar qualquer coisa. ;(
As pessoas são simpáticas para mim, se me vêm em baixo ou lhes digo que não estou bem tentam animar-me, convidam-me para fazer algo, mas depois como ou recuso (porque sinto enorme inibição e inadequação com os outros) ou aceito mas depois estou muito calado e com ar pouco animado, essas mesmas pessoas tendem a desinteressar-se com a mesma rapidez com que se preocuparam. E, mais uma vez, a responsabilidade não está fora de mim. Mas se não estou bem com os outros não é porque não quero, é porque quero muito mas não posso. Muitas vezes quero tanto, tanto que dói, uma dor que consome o corpo e a mente, e a frustração que resulta de não me conseguir integrar é quase paralisante. Sinto (quase) sempre uma barreira e uma distância intransponíveis entre mim e mesmo aqueles que são de uma disponibilidade e de uma preocupação que se oferece ao maior e melhor dos amigos. E fico tão, tão contente por isso, e quero retribuir tanto, tanto, porque gosto muito, muito de quem é meu amigo - e na melhor das hipóteses sai uma meia-tinta de mim que arrefece em pouco tempo o interesse dos outros. E saio sempre a perder porque não consigo, simplesmente não consigo conectar-me... mas é o que mais desejo neste mundo...
Como me disseram uma vez, há já muito tempo, sou como um bom carro sem motor.
Sempre me senti assim, esforce-me eu o máximo que puder para não ser.

Sunday, October 03, 2010

Acho que vou passar de evitante a esquizóide, não tarda nada. :(

Monday, July 26, 2010

Como, quase de um dia para o outro, e com uma leveza que perturba, se deita para trás das costas amizades de anos - é do que mais me impressiona (e me custa), ainda hoje.